Cheguei em casa e o Daniel estava na porta me esperando. Eu e o Vítor descemos do carro e ele veio pulando e correndo todo feliz. Achei que era por me ver, mas ele tratou logo de abraçar o Vítor - como sempre.
- Olha, Dani, fiz minha tatuagem!
Ele só parou para me dar atenção na segunda, quando o Vítor não estava mais por perto.
- Olha, Dani, fiz minha tatuagem!
Ele só parou para me dar atenção na segunda, quando o Vítor não estava mais por perto.
- Olha, Dani, fiz minha tatuagem!
- Hm. Deixa eu ver.
- Daniel do céu, não pega não, homem! Dói! Vê com os olhos.
- O que é isso mesmo?
- Um balão!
- Balão de encher?
- Não, balão de voar.
- O que é isso mesmo?
- Um balão!
- Balão de encher?
- Não, balão de voar.
- Acho que eu não gostei não, Bruna.
- Não?
- Não, muito feio isso aí.
- Poxa, mas é vermelho. Sua cor preferida.
- É sim.
- E mesmo assim você não gostou?
- Gostei não.
- Por que?
- Não dá para tirar?
- Dá não, Dani. Agora já era. Eu gostei tanto, tem certeza de que você achou feia? Não quer ver direito não?
- Quero não, mas deixa eu ver direito.
- Por que?
- Não dá para tirar?
- Dá não, Dani. Agora já era. Eu gostei tanto, tem certeza de que você achou feia? Não quer ver direito não?
- Quero não, mas deixa eu ver direito.
- DANIEL, TIRA ESSE SEU DEDÃO DAÍ! VÊ COM OS OLHOS!
- Precisa gritar?
- Uai. Você não ouve. E isso dói, sabia?
- Dói nada. Mentira sua. Eu já fiz tatuagem e nem doeu.
- Doeu não? E que tatuagem foi essa que você fez e eu não estou sabendo?
- Dã... De chicrete, né, Bruna?
- A! Claro... De "chicrete". Essa não dói mesmo não.
- Vou fazer outra tatuagem de chicrete. Se ficar feia igual a sua, eu tiro.
- Tira? Tira como?
- Com a unha, ué. Arranha assim ó.
- Só fala, Dani, não precisa me mostrar!
- Tá. Assim, ó! (arranhando o ar)
- Hm, entendi. É, assim ela sai mesmo.
- Vamos tirar a sua?
- Não dá, Dani. Essa foi feita com agulha.
- Agulha? E tinha chicrete na agulha?
- Tinha chiclete não, tinha tinta....
- Então dá para tirar, Bruna!
- Dá não, Dani.
- Dá sim! Eu sei fazer. Já aprendi!
- Aprendeu? Como é?
- Fácil! Igual eu tiro a de chicrete, olha!
- DANIEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEL, NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO!
- Precisa gritar?
- Uai. Você não ouve. E isso dói, sabia?
- Dói nada. Mentira sua. Eu já fiz tatuagem e nem doeu.
- Doeu não? E que tatuagem foi essa que você fez e eu não estou sabendo?
- Dã... De chicrete, né, Bruna?
- A! Claro... De "chicrete". Essa não dói mesmo não.
- Vou fazer outra tatuagem de chicrete. Se ficar feia igual a sua, eu tiro.
- Tira? Tira como?
- Com a unha, ué. Arranha assim ó.
- Só fala, Dani, não precisa me mostrar!
- Tá. Assim, ó! (arranhando o ar)
- Hm, entendi. É, assim ela sai mesmo.
- Vamos tirar a sua?
- Não dá, Dani. Essa foi feita com agulha.
- Agulha? E tinha chicrete na agulha?
- Tinha chiclete não, tinha tinta....
- Então dá para tirar, Bruna!
- Dá não, Dani.
- Dá sim! Eu sei fazer. Já aprendi!
- Aprendeu? Como é?
- Fácil! Igual eu tiro a de chicrete, olha!
- DANIEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEL, NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO!